História

As obras de abertura da rodovia BR-163, pelo 9º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção), ligando Cuiabá a Santarém (PA), na segunda metade da década de 70, mobilizaram os primeiros colonizadores para esta região de cerrado situada no Médio-Norte de Mato Grosso e distante 350 quilômetros da Capital.

No entanto, foi somente a partir de 1981, quando o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) começou a implantação do projeto de assentamento de 203 famílias de agricultores sem-terra oriundas de Encruzilhada Natalino, interior do município de Ronda Alta (RS), que se formou a comunidade que deu origem a Lucas do Rio Verde.

Na época, outros 85 posseiros que já habitavam o local e mais 50 colonos provenientes do interior de São Paulo também foram assentados nos lotes que dividiram uma gleba de 197.991 hectares.

O dia 05 de agosto de 1982 passou a ser comemorado como a data de fundação da agrovila, ainda então pertencente ao município de Diamantino.

Em 17 de março de 1986, o núcleo urbano foi elevado à condição de Distrito e no dia 04 de julho de 1988, quando conquistou sua emancipação político-administrativa, já contava com 5.500 habitantes. Atualmente, poucas famílias dos assentados de Ronda Alta ainda continuam de posse de suas terras. Pressionadas pelas inúmeras dificuldades daquele período, muitas delas desistiram de seus sonhos e outras perderam terreno para a agricultura extensiva que começava a ocupar a vastidão do cerrado.

Três décadas depois da instalação do acampamento do 9º BEC, às margens do Rio Verde, esta moderna, pujante e dinâmica cidade cujo nome rende uma homenagem a Francisco Lucas, antigo seringalista e desbravador da região, em nada lembra aquele vilarejo onde tudo era difícil e precário.

Com 63.411 habitantes (IBGE-2018) têm um enorme orgulho de viver nesta sociedade que em tão pouco tempo se tornou um pólo de desenvolvimento do estado e ainda ficou conhecida por ter um dos melhores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do país, conforme relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).


Origem do nome

A denominação Lucas do Rio Verde é homenagem a Francisco Lucas de Barros, e ao Rio Verde, curso d’água que corta o território municipal, assim chamado pela cor esverdeada que apresenta.

Francisco Lucas de Barros foi um seringalista, desbravador de sertões.

Este homem, afeito à rudeza da selva, via na extração do látex sua motivação de vida. Profundo conhecedor da região, teve seu nome perpetuado pela história ao emprestá-lo ao município de Lucas do Rio Verde.

Francisco Lucas de Barros


Distritos:

O município de Lucas do Rio Verde conta, em sua estrutura administrativa com o distrito de Groslândia, localizado a 54 quilômetros ao sul da sede, sendo que o acesso se dá pela estrada da linha 01, hoje denominada Rodovia da Mudança.

Pertencem também ao Município de Lucas do Rio Verde as seguintes Agrovilas: Itambiquara, Nossa Srª. do Rosário, Campinho Verde, KM 30, Nossa Srª. Aparecida, Santa Bárbara, Santa Teresinha, São Cristóvão e Nossa Srª. Consoladora.

Localização:

Centro-Oeste do Brasil, Região Norte de Mato Grosso

Extensão Territorial:

3.645,23 Km2

Emancipação:

04 de julho de 1988

Distrito:

Groslândia

População:

63.411 habitantes (estimativa IBGE 2018)

Eleitores:

40.095 (Fevereiro 2018)

Distância da Capital (Cuiabá):

350 Km

Rodovia de Acesso:

BR-163 (Cuiabá-Santarém)

Limites:

Ao Norte, Sorriso; ao Sul, Nova Mutum; ao Leste, Sorriso; e ao Oeste, Tapurah

Altitude:

Média de 400 metros

Clima:

Tropical de savana, com duas estações bem definidas

Temperatura Média Anual:

25ºC

Precipitação Pluviométrica:

Média anual de 2.333 mm

Estação Chuvosa (de setembro a abril):

Umidade relativa do ar acima de 86%

Estação Seca (de maio a setembro):

Umidade relativa do ar abaixo de 40%

Hidrografia:

Os rios principais são o Rio Verde, Cedro, Divisão e o Córrego Lucas.

Vegetação:

Constituída por cerrado, arbóreo denso (cerradão) e matas ciliares.

Relevo:

Predomínio dos relevos planos com solos argilosos ou areno-argilosos.

Solo:

Latossolos vermelho-amarelo distrófico (80%), areias quartzosas e solos hidromórficos.